Introdução
1. “... o amor é forte como a morte” (Cântico dos Cânticos 8.6).
Assim é o amor de Deus:tão fiel, tão invariável, tão eterno que nem todas as águas do mundo o poderiam apagar!
2. Um dia, um menino perguntou: - “Papa, por que é que Deus nos ama tanto se somos tão maus?”. 0 pai, sem qualquer hesitação, respondeu: - “Porque Deus, meu filho, não sabe fazer outra coisa que não seja amar”.
3. A resposta daquele pai mostrava grande sabedoria. Ele estava a ensinar ao seu filho, urna grande verdade teológica: Deus ama porque não sabe fazer outra coisa...! Assim como a natureza do sol é brilhar, a essência de Deus é amar.
I. Deus é Amor1. Há uma pequena passagem nas Escrituras que contém uma gigantesca verdade: “Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor” (I João 4.8). Aqui está todo o segredo do amor divino. Deus ama porque Ele é amor. Deus não pode deixar de amar! Esta sublime verdade resplandece através de toda a Bíblia.
a, Vemos o amor de Deus na criação do mundo.
b. Na criação do homem.
c. Na criação da mulher.
d. Depois da queda do homem.
e. Na raça humana caída.
f. Na promessa de redimir o homem.
g. Na cruz dando seu Único Filho em sacrifício por amor de nós.
2. Se o amor humano é um mistério, mistério maior é o amor divino. Nós não podemos abranger a grandeza deste amor. Há entre os pensamentos de Deus e os nossos pensamentos urna distancia tão grande como da terra ao céu. Há entre os nossos caminhos e os caminhos de Deus um abismo tão grande como a eternidade.
3. Por mais que nos esforcemos por falar do amor de Deus, jamais conseguiremos entende-lo exactamente como ele e. Ainda que fossemos capazes de usar uma linguagem angélica, como menciona o apóstolo Paulo, ate mesmo isso seria insuficiente para fazer entender o amor de Deus.II. A Medida Total do Amor de Deus1. Há uma importante passagem Bíblica, na Epistola aos Efésios, que nos exorta ao desenvolvimento de uma disposição interior para que possamos compreender o amor divino. Efésios 3.17-19 diz: “Cristo habite pela fé nos vossos corações, a fim de que, estando arraigados e fundados em amor, possais compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a
profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios, ate a inteira plenitude de Deus”.
2. A largura, o comprimento, a altura e a profundidade são quatro coisas essenciais para que possamos tomar conhecimento da medida completa de um objecto. Contudo, mesmo que apliquemos esta regra ao amor de Deus, somente poderemos alcançar fracas aproximações da grandeza do amor divino. E algo de
transcendente, de infinito para nossas mentes inferiores e finitas.
3. Um moderno comentador bíblico tentou explicar o amor de Deus usando os quatrosubstantivos que encontramos no texto citado:
a. Largura: 0 amor de Deus estendido a todos os povos, a todos Os pecadores.
b. Comprimento: 0 amor de Deus em sua expressão eterna, do princípio ao fim.
c. Altura: 0 amor de Deus sem limites e sem cansaço.
d. Profundidade: 0 abismo insondável do amor de Deus que alcança o mais depravado dos pecadores.
4. Estas ideias ajudam-nos a compreender Os quatro ângulos do amor de Deus.
Contudo não nos transmitem mais do que figuras pálidas, esboçadas e incompletas do Seu amor, porque o amor divino “excede todo o entendimento”. Supera o maior progresso e a mais profunda sabedoria terrena.
III. Impossível Compreender o Amor Divino1. É impossível! compreender o amor de Deus! Recordemos o amor de Deus por Israel. 0 Senhor sempre sentiu um amor muito grande pelo seu povo, apesar da sua ingratidão. Pela boca do profeta Oséias, Deus diz: “Atrai-os com cordas humanas, com laços de amor; e fui para eles como os que tiram o jugo de sobre as suas
queixadas, e me inclinei para dar-lhes de comer” (Oséias 11.4).
2. Israel nunca pôde compreender este amor. tão pouco nós o entendemos! Deus ata com laços de amor. Contudo há muitos outros laços, muitas outras correntes que aprisionam o ser humano e o escravizam a um mundo de pecado, de imoralidade que destrói a imagem de Deus no homem que Ele criou.
3. Quando nos aproximamos de Deus, pela fé em Cristo, com uma mente limpa, com nossos corações purificados pelo sangue precioso de Jesus Cristo, temos uma possibilidade maior de entender o amor de Deus.
4. 0 homem natural, em estado de morte espiritual, acorrentado às misérias deste mundo não pode contemplar a beleza do céu nem tão pouco elevar-se, extasiar-se diante de um Deus que é Amor!
IV. A Sujidade que Ofusca1. Li uma história, não sei onde, acerca de um pintor romântico que passava um tempo de descanso num hotel de montanha. Uma tarde, à hora do sol-posto, o pintor, de pé no seu quarto, contemplava aquele belo espectáculo de fim de tarde, através das janelas fechadas. Uma empregada, usando as chaves mestras,
entrou no quarto para verificar se estava tudo limpo e arrumado. Vendo o pintor com o olhar fixo na direcção da janela, timidamente, disse: Perdão, senhor, eu sei que as janelas estão sujas. Hoje pela manhã esqueci de as limpar.”
2. Aquela mulher não podia entender que toda a atenção do pintor estava concentrada na paisagem do vale e não na sujidade da janela. Assim acontece com o amor de Deus. Milhões de pessoas não o podem compreender por causa da sujidade do mundo que lhes ofusca a visão. As cordas humanas do mal os atam, perseguem e matam sua vida espiritual. Somente um regresso do ser humano a Deus, para urna nova vida em Cristo, retirará a sujidade que o impede de poderem entender um pouco esse precioso amor divino.
Conclusão1. Aqueles que já lavaram as suas vestes no sangue precioso de Jesus Cristo, que responderam a chamada de Deus e experimentaram esse amor que excede todo o entendimento humano, sabem que:
a. 0 amor de Deus, tão alto e tão profundo, não quer que alguém se perca e, por esta causa, Ele nos ofereceu um Cordeiro, o Cordeiro imaculado que tira o pecado do mundo (Jo. 1.29).
b. E, sabem, também, que esse amor divino não se extingue apesar das ofensas que o homem inventa cada dia.
2. Este é aquele mesmo amor que o rei David experimentou e que o levou a exclamar: “Se meu pai e minha mãe me abandonarem, então o Senhor me acolherá” (SI. 27.10).
3. Se nós amamos os nossos filhos, não nos esqueçamos que muito mais nos tem amado Deus, a nós e a eles!
4. Os salvos por Cristo, podem compreender melhor esse amor, não totalmente, mas um pouco mais, pelo facto de habitar em nós aquele que é Amor e podermos experimentar cada dia as bênçãos desse amor divino através dos laços que nos unem a nosso Pai celestial, sim porque agora somos filhos de Deus por causa do
seu tão grande amor por nós (I João 3.1,2).
5. Na verdade, se o amor humano é um mistério, mistério muito maior é o amor divino! E inexplicável. E para adensar ainda mais este mistério, as Sagradas Escrituras dizem: “Nisto se manifestou o amor de Deus para connosco: em que Deus enviou seu Filho unigénito ao mundo, para que por meio dele vivamos. Nisto está
o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus. Mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (I João 4.9,10).
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